segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Lituânia (2015) - Dia 3 * Colina das Cruzes

O nosso terceiro dia foi dividido entre a Letónia e a Lituânia. A Letónia fica para depois, agora vou mesmo dedicar este post à Colina das Cruzes.
Para além de Trakai, a Colina das Cruzes era outro lugar que tinha muita vontade e curiosidade em conhecer. Já tinha visto fotos, recebido postais e também já me tinham falado neste lugar. Eu sabia que seriam muitas cruzes mas não imaginava que fossem assim tantas. Há de tudo, das mais minúsculas a algumas com metros de altura, das mais simples às mais elaboradas, feitas e esculpidas em madeira, de ferro, de aço, de pedra e até renda. Tudo depende do gosto, do talento, devoção ou promessa de quem lá as deixa.
Para além de cruzes há também estátuas e imagens de santos, crucifixos, terços, quadros, registos, etc. 

A Colina das Cruzes situa-se a 12 kms da pequena cidade de Siauliai e a uns 250 de Vilnius. Nós passámos por lá no regresso de Riga. 
A entrada é livre, apenas tem de se pagar o estacionamento. O preço varia consoante o tipo de veículo; para automóveis ligeiros é apenas de 0.90€.   

A Colina das Cruzes é um local de peregrinação muito visitado na Lituânia. As suas cruzes representam a devoção cristã e são um memorial à identidade nacional lituana.
A cidade de Siauliai foi fundada em 1236 e ocupada pelos Cavaleiros Teutónicos durante o século  XIV. A tradição de colocar cruzes data desse período e, provavelmente, surgiu pela primeira vez como um símbolo do desafio lituano aos invasores estrangeiros. Desde o período medieval, a Colina das Cruzes representa a resistência pacífica do catolicismo lituano à opressão. 

Em 1795, Siauliai foi incorporada na Rússia, mas foi devolvida à Lituânia em 1918. Muitas cruzes foram erguidas em cima do monte após a revolta de 1831. As famílias dos falecidos na revolta não puderam sepultar os seus familiares, foram então colocando cruzes em sua memória.  Em 1895, havia pelo menos 150 grandes cruzes, em 1914, 200, e por volta de 1940, havia 400 cruzes grandes cercadas por milhares de outras mais pequenas. 

A cidade foi capturada pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial e sofreu graves danos quando a Rússia soviética a recuperou no final da guerra. 
De 1944 até a independência da Lituânia em 1991, Siauliai foi uma parte da República Socialista Soviética Lituana da URSS. Durante a era soviética, a peregrinação à Colina das Cruzes surgiu como uma expressão vital do nacionalismo lituano, no entanto os soviéticos foram removendo repetidamente as cruzes cristãs colocadas na colina pelos lituanos.

Por três vezes, em 1961, 1973 e 1975, a colina foi nivelada, as cruzes foram queimadas ou transformadas em sucata de metal e a área foi coberta com lixo e esgoto. Na sequência de cada uma dessas profanações, os habitantes locais e peregrinos de todo o país rapidamente começaram a substituir as cruzes.

Em 1985, a Colina das Cruzes foi finalmente deixada em paz. Desde então a reputação da colina tem-se espalhados por todo o mundo e todos os anos é visitada por muitos milhares de peregrinos e turistas.
O Papa João Paulo II visitou a Colina das Cruzes, em Setembro de 1993.

Não se sabe ao certo quantos cruzes existem no local, mas estima-se que sejam mais de 100.000 mas o número aumenta a cada dia que passa, já que todos os dias são lá colocadas novas cruzes. 

É realmente impressionante caminhar no meio de todas aquelas cruzes. Conseguimos encontrar uma portuguesa e uma imagem de Stº António, onde a Joana deixou o ser terço. 
Na descoberta da Lituânia, vale a pena passar por este local único.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Lituânia (2015) - Dia 2 * Trakai

A tarde do nosso 2º dia na Lituânia foi dedicada a Trakai e em especial ao seu castelo. Desde que recebi o meu 1º postal de Trakai e li sobre o local, fiquei com vontade de lá ir. Talvez tenhamos tido dúvida em relação a que outros locais visitar no país, mas a ida a Trakai nunca foi questionada, aliás, era o que mais queríamos visitar e foi a nossa tarde mais bem passada. 
De Vilnius a Trakai são só uns 20 e pouco kms. Esta proximidade à capital, faz que Trakai seja uma das principais atracções turísticas do país. Consegue perceber-se porquê. 

O Castelo de Trakai situa-se numa das ilhas do lago Galvé. A sua construção começou no século XIV por Kestutis e terminou por volta de 1409 já com Vitautas o Grande, filho de Kestutis. 
O castelo foi um dos principais dentro do Grão Ducado da Lituânia e teve uma grande importância estratégica. 

Como acontece com quase todos os castelos, também Trakai foi perdendo a sua importância militar. Foi depois adaptado a residência de verão e mais tarde prisão. 
Foi gravemente danificado no século XVII. A sua reconstrução só começou a ser pensada dois séculos mais tarde e foi concluída na década de 60 do século passado.  

O acesso ao castelo faz-se através de uma ponte de madeira, que lhe dá um aspecto ainda mais medieval. Não me admirava nada se aparecesse um cavaleiro a atravessá-la. Mas não, não apareceu nenhum, apenas muitos, muitos turistas, que tal como eu, estavam fascinados com este belo castelo e toda a paisagem envolvente. 

Mesmo sem pagar bilhete pode ter-se esta vista do átrio do castelo e o Palácio Ducal. Se quiserem visitar o interior, o preço do bilhete é de 6€ mais 1.16€ para poder tirar fotos. 

As minhas amigas não pagaram para tirar fotos e tiraram-nas na mesma, ninguém lhes veio perguntar nada. 

Depois de visitado o castelo, fomos dar uma volta pela vila. Trakai está rodeada por lagos, o Luka, o Totoriškės, o Galvė, o Akmena e o Gilušis. Galvé, onde se situa o castelo, é o mais profundo. 

Depois de deixar-mos as margens do lago, seguimos pela rua Karaimu. Logo no início da rua encontrámos este bonito edifício azul, antigo posto de correios. 

 Na mesma rua encontram-se várias casas tradicionais de madeira. São conhecidas como casas Karaimes. 

Os Karaimes são um pequeno grupo religioso e étnico, trazido da Crimeia para Trakai por Vytautas em 1397 e 1398.  

Também visitámos a Igreja Ortodoxa local. Foi construída em 1863 e hoje pertence à comunidade Ortodoxa Russa. 

Estava na hora de regressar a Vilnius mas custou-nos muito sair de Trakai. Gostámos tanto de lá estar. Falo por mim, acho que era capaz de lá passar o dia a tirar fotos. O lago, o castelo, os barcos, os patos, as casas... tudo se conjugou para criar um cenário perfeito. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Lituânia (2015) - Dia 2 * Kaunas

Ao segundo dia rumámos à 2ª maior cidade da Lituânia, situada a pouco mais de 100 kms de Vilnius. A noite anterior tinha sido de muita chuva e a manhã cinzenta não prometia nada de bom, no entanto o céu cinzento foi dando lugar a um céu cada vez mais azul e o dia acabou por ser excelente. 
Antes desta viagem só sabia que Kaunas era uma cidade da Lituânia mas não sabia o que havia para ver por lá. Ao fazer a pesquisa sobre os locais a visitar pareceu-me ser interessante, no entanto pouco tempo depois disseram-me que não valia a pena lá ir, que a cidade era apenas uma rua e mais nada. Não fiquei convencida e Kaunas permaneceu no meu roteiro e ainda bem, gostámos bastante da cidade. O centro histórico é agradável e fácil de conhecer a pé e em pouco tempo. 

A descoberta de Kaunas começou mesmo em frente ao edifício da Câmara Municipal
A história do edifício começou em 1542 e ao longo dos séculos passou por várias transformações e utilizações. Já foi igreja ortodoxa, residência de um czar, teatro russo, armazém de munições, sede dos bombeiros, prisão, etc. Hoje em dia serve para receber convidados oficiais da cidade e celebrar casamentos. 

 A sul da praça onde se encontra a câmara, encontra-se o edifício mais antigo da cidade e um dos exemplos mais originais da arquitectura secular Gótica na Lituânia.  A Casa Perkūnas foi construída por mercadores da Liga Hanseática no final do século XV. No século XVI foi vendida aos Jesuítas que aí estabeleceram uma capela. 
No século XIX foi reconstruída e funcionou como escola e teatro, que foi frequentado pelo poeta lituano-polaco Adam Mickiewicz. 
Foi no final do século XIX que a casa ganhou o actual nome, após ter sido alegadamente encontrada numa das paredes da casa, a figura do deus pagão dos trovões e do céu Perkūnas.
Hoje em dia é propriedade dos Jesuítas e alberga o Museu Adam Mickiewicz. 

A uns passinhos da Casa Perkūnas, junto ao rio Neman, encontra-se a Igreja de Vytautas, uma das mais antigas na cidade. 
A igreja gótica foi construída por volta de 1400 para monges franciscanos por ordem de Vytautas o Grande, em agradecimento à Virgem Maria por lhe ter salvo a sua vida após a derrota na Batalha do rio Vorskla.   

Vytautas também terá sido o fundador da Catedral Basílica de Kaunas. Este templo é um dos mais antigos e maiores santuários do país e é a única igreja gótica no país com tamanho de basílica. 
Dedicada aos santos Pedro e Paulo, a data do início da sua construção não é conhecida mas foi mencionada pela 1ª vez em documentos escritos em 1413. 
O Gótico e os elementos renascentistas dominam a arquitectura monumental e austera da basílica, que reflecte o período de transição entre os dois estilos. 
Quem aqui vem orar pede graças à imagem do século XVI da Nossa Senhora da Piedade e à imagem de Maria, Mãe de Misericórdia do século XVII. 
João Paulo II passou por aqui em 1993 e a basílica faz parte da Rota de Peregrinação João Paulo II que passa por vários locais na Lituânia. 

O Castelo de Kaunas é outra das atracções da cidade. O castelo terá sido construído no século XIV, para defender a estrada para Trakai, e foi o primeiro castelo construído em pedra na Lituânia. 

O castelo está aberto ao público e a entrada custa 2.32€. 

No seu interior existem algumas exposições, incluindo uma sobre a história completa do castelo espalhada por cinco espaços no interior da torre. 
No entanto a visita começa nas masmoras onde se podem experimentar umas correntes bem pesadas e ficar a saber como eram tratados os bandidos no século XVI. Cuidado, também lá existe um fantasma!!!

A visita a Kaunas ocupou-nos a manhã, a tarde seria passada no castelo de Trakai. 

sábado, 12 de setembro de 2015

Lituânia (2015) - Dia 1 * Vilnius

Foi no passado dia 1 de Setembro que parti com a Joana e a Tânia rumo à Lituânia. Bem antes da partida perdemos algumas horas à procura do voo ideal. A Joana encontrou-o através do site da Abreu, assim como o hotel onde ficámos em Vilnius. Voámos com a Ukrainian International Airlines e tanto na ida como no regresso fizemos escala em Kiev. No regresso conseguimos ir até à capital ucraniana mas essa aventura fica para depois. 

Depois de dois voos nocturnos, chegámos a Vilnius e fomos buscar o carro que tínhamos previamente alugado através da ADCRent, cuja agência fica convenientemente localizada perto do aeroporto.  
Já ao volante do nosso Volkswagen Up, fomos deixar as nossas bagagens ao hotel e fomos depressa para o centro da cidade. 
Quem como nós quiser alugar carro tem de ter atenção ao estacionamento. É pago e o preço varia consoante as zonas da cidade, mais caro no centro, mais barato à medida que nos afastamos do centro. Só depois de termos sido multadas duas vezes é que compreendemos como funcionava. Depois da 1ª multa no centro da cidade fomos procurar outro lugar para estacionar e encontrámos um parque perto da República Užupis


A República Užupis é um pequeno bairro separado do centro da cidade pelo rio Vilnia. É um local muito procurado por artistas e onde existem galerias de arte, workshops de artistas e cafés populares. Mas nem sempre foi um local tão popular. Durante o Holocausto os judeus que aqui viviam abandonaram o local e as casas vazias foram sendo ocupadas por marginais, sem abrigo e prostitutas. Até à declaração de independência da Lituânia em Março de 1990, Užupis era uma das zonas mais abandonadas e negligenciadas da cidade. 

Foi em 1997 que a independência da República Užupis foi declarada e é celebrada anualmente a 1 de Abril. 
Como qualquer república que se preze, existe uma bandeira, moeda local, presidente, um exército e claro, uma constituição que está afixada na rua Paupio e pode ser lida em várias línguas. Alguns dos artigos são bem curiosos: "Toda a gente tem o direito a morrer mas não é uma obrigação."; "Toda a gente tem direito a ter um gato e tomar conta dele."; "Um cão tem direito a ser cão."; "Toda a gente tem o direito a celebrar ou não celebrar o seu aniversário"; "Toda a gente tem direito a ser feliz."; "Toda a gente tem direito a chorar"; etc...

Este é sem dúvida um local interessante a ter em conta ao visitar Vilnius. 

Pertinho da República Užupis encontra-se a Catedral Ortodoxa de Vilnius. Foi construída em 1346 pelo Grão Duque da Lituânia Algirdas para a sua esposa Uliana de Tver. Esta é uma das igrejas mais antigas de Vilnius, foi construída antes da cristianização da Lituânia quando o Grande Ducado da Lituânia era o último estado pagão da Europa. 
A igreja foi destruída e reconstruída algumas vezes ao longo dos séculos e hoje em dia pertence à Igreja Ortodoxa Russa.

Existem várias igrejas em Vilnius, de várias religiões e em várias condições. Algumas delas não foram muito bem tratadas durante a ocupação Soviética, umas estão fechadas e outras a precisar de sérios trabalhos de restauro. Ainda assim é possível visitar umas quantas. 
Estas duas eram as que eu mais queria ver. À esquerda está a Igreja de Stª Ana e à direita a Igreja dos Bernardinos


A Igreja de Stª Ana, construída entre 1495-1500, é um exemplo dos estilos gótico flamejante, também chamado gótico flamboyant, e gótico dos tijolos. 
Diz-se que Napoleão ao vê-la durante a Guerra Franco-Russa em 1812, a achou tão bonita que a quis levar para Paris. 

A Igreja dos Bernardinos, também conhecida como Igreja de São Francisco de Assis, juntamente com a Igreja de Stª Ana, forma um impressionante conjunto de arquitectura gótica. 
Fez parte das muralhas defensivas da cidade e foi construída no local onde existiu uma igreja de madeira datada do século XV, pertencente à ordem dos monges Bernardinos. A actual igreja gótica com elementos renascentistas e barrocos, data do século XVI.

Continuando pela rua Maironio e depois à esquerda pela rua B. Radvilaités, chegamos ao coração da cidade, a Praça da Catedral. Como é fácil de entender pelo nome, é nesta praça que se encontra a Catedral de Vilnius.

A Catedral de Vilnius, dedicada aos santos Estanislau e Ladislau, é a principal igreja católica da Lituânia. O rei Jogaila iniciou a sua construção em 1387, o ano em que a Lituânia foi convertida ao Cristianismo.
Destruída e reconstruída a cada novo século, a catedral foi mudando de aparência. L. Gucevicius deu-lhe a presente forma Clássica com elementos góticos no final do século XVIII, e as estátuas exteriores foram colocados no século XIX.
No seu interior, na Capela de São Casimiro encontraram-se os restos do santo padroeiro da Lituânia e na cripta os restos de governantes do país e bispos.
O campanário com 57 metros de altura foi construído em 1522.

Nas traseiras da catedral encontra-se o Palácio dos Grão Duques da Lituânia, originalmente construído no século XV para os governantes do Grande Ducado da Lituânia e futuros reis da Polónia.
O palácio evoluiu aos longos dos anos e prosperou durante os século XVI e XVII. Durante quatro séculos o palácio foi o centro político, administrativo e cultural da Commonwealth Polaco-Lituana.
Todos estes séculos de história não impediram que fosse demolido em 1801. A reconstrução começou já no século XXI e foi oficialmente aberto ao público apenas em 2013.
Numa das paredes exteriores do castelo encontra-se um relógio solar.
Ao lado do palácio encontra-se a estátua de Gediminas, Grão Duque da Lituânia.

A uma curta caminhada da Praça da Catedral, encontra-se a Torre de Gediminas, considerada o símbolo de Vilnius. Fazia parte do castelo construído no século XIV. No início do século XV foi reconstruído e fortificado. 
Após ter sido danificado em 1655 aquando da guerra com Moscovo, não foi reconstruído. Depois da Segunda Guerra Mundial a torre foi restaurada e hoje em dia alberga um museu. 
Deste local tem-se uma bela vista sobre a cidade. 

 Mesmo em frente à torre estão as ruínas do Palácio Ducal.
Quem quiser evitar a subida até ao castelo pode optar pelo funicular.

Descemos novamente até à praça e seguimos até à Rua Pilies, uma das principais e mais movimentadas ruas do centro histórico da cidade. Liga a Praça da Catedral à Praça da Câmara Municipal.

Ao longo da rua há vários cafés, restaurantes, lojas, vendedores de rua e jovens músicos a tentar ganhar uns trocos. 

Foi nesta rua que encontrámos o Dvaras, um simpático e bonito restaurante onde almoçámos uma vez e que cuja esplanada se pode ver na foto. A comida era boa e tendo em conta a localização, os preços eram muito bons, aliás, nunca pagámos mais de 7€ por nenhuma das refeições que fizemos na Lituânia e comemos sempre muito bem.

Perto da Câmara Municipal encontra-se a Igreja de São Casimiro. É uma igreja católica mas durante a ocupação russa foi convertida numa igreja ortodoxa e mais tarde, durante a ocupação alemã em 1915 foi convertida numa igreja luterana; voltou para as mãos dos católicos em 1919.
Foi construída no início do século XVII e é a primeira e a mais antiga igreja barroca da cidade.

Um pouco mais à frente está esta bonita porta, a entrada para a Igreja da Santíssima Trindade. A porta foi construída em 1761 e é um dos melhores exemplos da arquitectura Rococó na cidade.

Esta é uma das igrejas a precisar de obras e neste momento estão a recolher doações para ajudar nos trabalhos de restauro. 
A igreja foi construída em 1514 em estilo Gótico com elementos bizantinos. 
Desde o século XVII e durante 200 anos a igreja pertenceu aos Católicos Gregos. No século XIX passou para as mãos dos Ortodoxos Russos e no final do século XX voltou para os Gregos. 

Num verdadeiro desfile de igrejas, segue-se a Igreja de Stª Teresa, construída pelos Carmelitas Descalços entre 1633-1654. 

Logo a seguir está um dos principais monumentos religiosos, culturais e históricos da cidade, a Porta da Aurora. Foi construída entre 1503 e 1522 como parte das fortificações defensivas da cidade. Das nove portas que existiam na cidade apenas resta esta.
No século XVI as portas da cidade costumavam ter artefactos religiosos com o intuito de proteger a cidade de ataques e abençoar os viajantes. A Capela da Porta da Aurora contém um ícone da Abençoada Virgem Maria Mãe de Misericórdia. Há séculos que a imagem é um dos símbolos da cidade e objecto de veneração tanto para Católicos como para Ortodoxos. 

Afastando-nos um bocadinho do centro da cidade, encontramos mais uma igreja, Igreja do Sagrado Coração de Jesus, e respectivo convento, ambos em muito mau estado.

O passeio do 1º dia estava quase a terminar, não sem antes passarmos pelo Bastião, parte da barreira defensiva da cidade. É uma construção em estilo renascentista, erguida na primeira metade do século XVII pelo engenheiro militar alemão, Friedrich Getkant. 
 O Bastião foi severamente danificado durante as guerras com Moscovo em meados do século XVII. Durante as Guerras Mundiais os alemães instalaram aqui arsenais militares. 

A partir do espaço envolvente do Bastião é possível desfrutar de uma vista panorâmica da cidade. 
Aqui terminou o passeio por Vilnius. Lá em baixo estava o nosso carro e mais uma multa. Foi a última!!  
A noite tinha sido longa, o dia também, era hora de ir descansar.